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Chefe da Gastronomia

  • Alexandro Chazan
  • 10 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

Vamos falar de comer?

Olá, meu nome é Alexandro Chazan e eu sou um entusiasta da gastronomia, da boa mesa. Também sou técnico em alimentos, especializado em confeitaria e com um pouquinho de experiência em algumas áreas da cozinha internacional. Adoro ter a oportunidade de cozinhar para amigos, promover eventos e "laboratórios" de degustação, testando possibilidades inusitadas de sabor, além dos pratos tradicionais.

Venho através destas linhas, dividir um pouco dessas experiências, assim como a minha paixão por elas, além de desmistificar esse assunto que é a gastronomia, tão em alta hoje em dia, com seus "modismos" e excentricidades (aka "raio gourmetizador" hahaha).

Para a minha estreia, nada mais natural do que introduzir sobre o tema em si: o que é gastronomia?

A definição do nosso amigo Google é bastante elegante e abrangente:

"s.f. 1.Conjunto de conhecimentos e práticas relacionados com a cozinha, com o arranjo das refeições, com a arte de saborear e apreciar as iguarias. Ciência que estuda os processos físicos e químicos que intervêm na preparação de alimentos e que investiga técnicas de confecção."

Desde sempre precisamos comer. É uma necessidade básica, repousando solene na base da pirâmide das necessidades humanas. Isso significa que não somos emocionalmente capazes de buscar objetivos maiores sem que antes tenhamos supridas todas estas necessidades. Mas será que comer, se alimentar, é apenas isso, uma necessidade?

Hoje em dia, a alimentação humana passa por uma fase bastante distinta. Enquanto espécie, não somos ameaçados por quase nenhum tipo de mal. Ainda que existam trágicas situações à margem da sociedade (infelizmente, devo acrescentar), não precisamos mais lutar pela sobrevivência, muito menos sermos rondados pelo perigo de extinção.

O que eu quero dizer com tudo isso? Além da manutenção do nosso corpo, se alimentar tornou-se sinônimo de prazer. Sem qualquer risco de precisarmos ir à caça ou de disputar alimentos com outros animais, em acréscimo, com todas as inovações e facilidades que a tecnologia nos proporciona, somos afortunados com uma vida "segura", repleta de experiências emocionalmente enriquecedoras. Incluindo durante a alimentação.

A comida tem esse "poder místico" de reunir as pessoas. Muito além dos sabores e receitas, ela cria essa oportunidade de interagir, de socializar. Eis aí mais um benefício inerente da alimentação. É como um ritual. E, como tal, transcende a nossa humanidade de uma maneira quase que religiosa. Nos conecta, proporciona boas lembranças de confraternização e partilha. O que nos humaniza.

Mas e o gastrônomo? Ele pode ser identificado como um grande fã da boa comida. Alguém que entende o papel social, psicológico, além do aspecto fisiológico e nutricional. É um profissional que lida com bem estar e saúde. É um profissional que ajuda as pessoas a criarem nostalgia, bons momentos, experiências com sabores, texturas. Porém, muito além dos chefs de Cuisine, dos nomes por trás de grandes menus internacionais, temos as queridas mães e pais, cuidando de seus filhos; e como se esquecer das nossas avós e sua comida inesquecível? As "tias" da cantina, amigos, vizinhos, namorados, toda e qualquer pessoa que tenha desejado proporcionar uma refeição para alguém querido. E é isso que torna esse simples ato tão especial. Como diz o ditado: "cozinhar é uma forma de amar as pessoas", e o melhor tempero do mundo sempre será o amor. Mas não necessariamente aquele do pacotinho.

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