O governo da sobrevivência

Após as denúncias de Rodrigo Janot (procurador geral da república) encaminhadas ao Superior Tribunal Federal, na última segunda feira (26/06), nas quais o procurador acusa o presidente Temer de corrupção passiva, mostra claramente um governo desgastado e enfraquecido, que de agora a diante só deve se preocupar com único e exclusivo fator: a sobrevivência de seu mandato.

O governo ainda sofre as consequências da delação premiada da JBS, ocorridas em maio, e ainda não conseguiu se recuperar da crise escancarada, só resta agora a Temer e os seus asseclas a articulação política e o controle da base do governo, que já se encontra desgastada.

As tão sonhadas reformas que foram propostas pelo governo, a trabalhista e a previdenciária, que talvez seria o maior legado do governo, já sofrem reveses diante do congresso e talvez a reforma previdenciária, após as denúncias de Janot, postergue para 2019.

A principal preocupação de Temer nesse momento é articulação política para que os deputados não autorizem a abertura de processo contra o presidente, para que isso ocorra são necessários 342 votos dos 513 deputados federais.

Enfim a principal preocupação do governo nesse momento não é para atender as principais necessidades do povo e sim para garantir a sua própria sobrevivência.

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