O temor à Maia

Geraldo Alckmin convidou a cúpula do PSDB, na última segunda feira (10/07), com o objetivo de discutir o que fazer diante do derretimento do já desgastado governo Temer. Candidato ao planalto em 2018, Alckmin receia que Rodrigo Maia ( DEM-RJ), sucessor de Temer no poder executivo, possa concorrer ao mais alto cargo do poder executivo no próximo ano.

Alckmin e alguns de seus fiéis sectários preferiam que o governo Temer arrastasse até o final do seu mandato. A opinião contrasta com alguns lobos da matilha, Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, já defendeu a renúncia do ex-presidente, Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB, disse que Temer produz ingovernabilidade e defende a ascensão de Maia.

A cisão dos tucanos na atual conjuntura do governo é clara, o que gera mais e mais a sensação de incerteza se o principal aliado do governo vai pular do barco. Dos sete tucanos com assento na Comissão de Constituição e Justiça na câmara, seis votarão à favor da abertura do processo penal contra Temer no supremo. Dos onze membros da bancada do PSDB no congresso, sete defendem que o partido deixe o governo.

No instante em que Alckmin está sendo investigado pela operação Lava Jato e a sua popularidade está baixa, alguns dos seus correligionários acreditam que ele deveria se preocupar com outro personagem em ascensão: a raposa midiática João Dória, que a cada dia ganha mais popularidade e é um dos grandes nomes para a ascensão da nova política, sem demagogia e eficaz.... Pelo menos nas mídias sociais.

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